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O que é Umbanda?

 

Muitos confundem Umbanda e Macumba. A grande maioria das pessoas, leigas, não sabem o que é Umbanda e muito menos o que vem a ser Macumba.

Macumba é o nome de um instrumento de percussão que era muito utilizado em alguns dos cultos afro-brasileiros no passado. Hoje esse termo tem uma conotação pejorativa utilizada como forma de discriminação e preconceito.

Umbanda é uma religião brasileira fundada por um brasileiro, que pratica única e exclusivamente o bem. O fundamento mais básico desta religião diz: “Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade”. Qualquer coisa diferente disso não é Umbanda.

 

Na Umbanda não tem lugar para vaidades e ostentação. Ela prega a pureza de pensamento e atitudes alicerçados em um profundo censo de humildade e simplicidade. Todos são recebidos de braços abertos, não importando raça, credo religioso ou situação financeira. A Umbanda ensina a todos os seus seguidores fiéis, adotar a Doutrina do Tríplice Caminho, ou seja, mente sã, corpo são e atitudes sadias. Esta doutrina tem sido adotada hoje em dia por diversas religiões, mesmo aquelas mais conservadoras, pois espelha a atitude de Cristo em sua passagem pela nossa Terra.

 

A Umbanda na sua forma simples, mas de grande sinceridade, planta no coração das pessoas a semente da caridade e do amor ao próximo, pois as entidades de forma abnegada e atuante auxiliam os filhos participantes dando exemplos práticos de fraternidade.

 

O exemplo do Cristo e de outros Iluminados é a base da filosofia de Umbanda, sendo Jesus - O Cristo, considerado o tutor responsável máximo pela nossa morada planetária. A doutrina da Umbanda prega a filosofia da reencarnação como purificador dos espíritos endividados, onde quem deve paga e quem tem direito recebe. Os que sabem mais ensinam aqueles que sabem menos. Isto é a pura justiça divina aplicada na vida das pessoas de forma honesta e verdadeira.

 

O respeito à natureza e a toda obra Divina é ponto fechado na filosofia umbandista, e todos tem oportunidades de trabalhar e em primeiro lugar é mais importante servir do que servido.

 

Na Umbanda quanto mais elevado na hierarquia, mais se trabalha em benefício do próximo, sendo que todos sentem prazer e alegria em ajudar, ou seja, os que estão colhendo ficam felizes em ensinar o irmão a plantar. Outro ponto importante que vale destacar é o fato da Umbanda não chocar o grau de consciência de ninguém, ou seja, aqueles que tem uma cultura maior as entidades explicam e orientam de forma mais técnica e elaborada. Já os mais humildes, de forma paciente, são tratados e orientados em uma linguagem mais simples onde a mensagem é entendida com clareza e sem traumas.

 

A Umbanda na sua forma silenciosa de agir, tem o objetivo de agrupar com uma única doutrina, os quatro pilares do conhecimento: a Religião, a Ciência, a Filosofia e a Arte. Para termos um mundo onde ocorra respeito pelo próximo ou mesmo o censo de solidariedade na humanidade, é necessário que estas quatro doutrinas caminhem juntas no mesmo sentido.

 

Nos Terreiros de Umbanda é imprescindível o respeito aos consulentes de forma abrangente em qualquer situação e em qualquer tipo de problema.

 

Isto sim é UMBANDA.

 

Salve a UMBANDA!!!

Como acontece a Gira

A Gira, sessão espírita da Umbanda, começa com o medium líder, "firmando a Tronqueira da Casa" acendendo uma vela e servindo cachaça para o Exú chefe. Depois o Babá, Pai de Santo, Mestre entre outras denominações, realiza a defumação, enfumaçando os seguidores e firmando o Congá.

Os cambonos vestidos de branco posicionam-se em pé, em relação ao Congá: mulheres à esquerda; homens à direita e os médiuns também em pé e vestidos de branco entre a assistência e a gira. O medium-chefe, então, pede a proteção dos Orixás e das entidades e faz uma palestra de abertura para sintonizar a platéia com vibrações positivas. Canta-se o Hino da Umbanda e depois começam os pontos cantados, e os mediuns, incorporando num primeiro momento os Orixás, para "desenvolver a mediunidade", estudar a "doutrina", "e sentir a vibração e energia de cada entidade, ou, ainda, para a limpeza espiritual da Tenda. Depois temos a incorporação dos espíritos de luz para fazer o atendimento espiritual. Após os atendimentos assistenciais, dá se início a finalização da reunião com a realização das Preces de Encerramento e agradecimentos a espiritualidade e as pessoas envolvidas nos trabalhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gira de Umbanda

É um termo cujo significado é sessão umbandista, com cânticos, danças, rezas, passes magnéticos fluidificados, desenvolvimento da mediunidade, promoção de curas e resolução dos mais diferentes problemas.

                                   

O Desenvolvimento Mediúnico

A gira de Desenvolvimento Mediúnico visa desenvolver não só o contato com as outras esferas, mas antes desenvolver e aprimorar suas próprias capacidades internas, melhorando seu relacionamento com o seu semelhante e com o mundo que o cerca.

É no desenvolvimento que o médium aprende que a mediunidade não é brincadeira, é tão séria que chega interferir na vida do médium em seus aspectos mais profanos, o fato de alguém ser médium não quer dizer em absoluto que seja melhor do que os outros pelo contrário, existe deveres e obrigações a serem cumpridos perante a comunidade.

É necessário que se adaptem  de forma disciplinada e responsável ao meio que se vive.

 

Hierarquia dentro dos Terreiros de Umbanda

Dentro dos terreiros de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo um sistema que objetiva manter esta organização, alguns terreiros, dependendo do tamanho dividem-se em parte administrativa e espiritual.
Estaremos discorrendo agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados nos Terreiros de Umbanda.

 

Babalorixá ou Ialorixá
É o dirigente do terreiro (Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher).
Esta figura é a responsável espiritual por tudo que acontecer dentro da gira (antes, durante e depois). Tanto o Babalorixá quanto a Ialorixá são também chamados de Pai no Santo e Mãe no Santo. Algumas pessoas falam pai de santo e mãe de santo, consideramos essa maneira incorreta, pois é na Lei do Santo que eles são Pai e Mãe.
Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados ao público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral, para o Terreiro.


Pai Pequeno e Mãe Pequena
São os futuros Babalorixá e Ialorixá. São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como função auxiliar o Babalorixá e a Ialorixá em todos os trabalhos. Outras funções específicas variarão de terreiro para terreiro.


Médiuns de Trabalho
São os médiuns que dão consulta, as suas entidades já riscaram ponto, deram nome, e passou por alguns preceitos (isto também varia de terreiro para terreiro) que os firmaram como médiuns. Alguns chamam de Médiuns prontos, outros de Médiuns batizados outros de Médiuns feitos. Essa nomenclatura também varia de acordo com a orientação do Babalorixá ou Ialorixá, da raiz da Casa ou ainda de estado para estado.


Médiuns em Desenvolvimento
São os médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas e as suas entidades ainda não deram nome ou não riscaram ponto. Estão sendo preparados para tornarem-se médiuns de trabalho.


Cambono
Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam. Cambono (homem) e Samba (mulher). São os responsáveis por atender as entidades, no que diz respeito a acender charutos, velas, cachimbos, esclarecer a assistência o que a entidade está querendo dizer, coordenar a entrada da assistência para consulta ou passe.

 

Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã
É a pessoa que bate (toca) o tambor. Na realidade na Umbanda, a concepção de Ogã é totalmente diferente do Candomblé e do Omolocô, onde a pessoa é preparada especificamente para esse fim. Não estaremos discorrendo sobre os diferentes preparos, pois não é o objetivo falar de outros credos. Foi mencionado somente a título de curiosidade.
A função do tambor é a de ajudar na invocação das Entidades, deve ter toques harmoniosos e diferenciados para cada Linha.                                     

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.

Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.

Os pontos transformam-se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.

A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram-se no espaço físico-espiritual do Terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias. O que realmente invoca os Orixás e os Guias são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gira de Umbanda

Ogãs e atabaques

© 2014 por TEMPLO DE UMBANDA PAI CATARAMBA. Criado por Clayton 

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